
Tudo sobre Cometas: Mensageiros Gelados do Espaço
Os cometas sempre despertaram fascínio e curiosidade.
Conhecidos desde a Antiguidade como “estrelas com cauda”, estes corpos celestes são verdadeiros viajantes do Sistema Solar, transportando consigo pistas valiosas sobre a origem dos planetas e do próprio Universo.


O que são cometas
Os cometas são corpos compostos principalmente por gelo, poeira e rochas. Quando se aproximam do Sol, o calor faz com que o gelo sublime (passe diretamente do estado sólido para o gasoso), libertando gases e partículas que formam uma atmosfera temporária chamada coma e uma cauda brilhante, visível a partir da Terra.
Estrutura de um cometa
Um cometa é formado por três partes principais:
Núcleo: o corpo sólido central, composto por gelo, poeira e materiais orgânicos.
Coma: uma nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo quando o cometa aquece.
Cauda: formada pela ação do vento solar, que empurra partículas para longe do Sol, criando o aspeto característico dos cometas.


Tipos de cometas
Os cometas são classificados de acordo com o tempo que demoram a completar uma órbita em torno do Sol:
Cometas de curto período: completam uma órbita em menos de 200 anos. O mais famoso é o Cometa Halley, visível da Terra a cada 76 anos.
Cometas de longo período: podem demorar milhares ou até milhões de anos a regressar.
Cometas interestelares: não pertencem ao Sistema Solar e passam apenas uma vez, como o 2I/Borisov e o 3I/ATLAS.
Origem dos cometas
Acredita-se que os cometas se formaram há cerca de 4,6 mil milhões de anos, durante a criação do Sistema Solar. A maioria encontra-se em regiões distantes e geladas, como o Cinturão de Kuiper e a Nuvem de Oort, verdadeiros reservatórios de corpos gelados que orbitam o Sol a grandes distâncias.
Importância científica
Os cometas são considerados cápsulas do tempo cósmicas. O seu material praticamente inalterado desde a formação do Sistema Solar permite aos cientistas estudar as condições que existiam na sua origem. Missões espaciais como a Rosetta, da Agência Espacial Europeia, que estudou o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, revelaram a presença de moléculas orgânicas complexas, sugerindo que os cometas podem ter desempenhado um papel importante na origem da vida na Terra.
Curiosidades sobre cometas
A cauda de um cometa pode estender-se por milhões de quilómetros, mas é extremamente ténue.
Os cometas têm duas caudas: uma de poeira e outra de gás ionizado.
O nome “cometa” vem do grego komētēs, que significa “estrela com cabelo”.
Alguns cometas desintegram-se completamente após várias passagens próximas do Sol.
O futuro da observação de cometas
Com o avanço da tecnologia, novas missões estão a ser planeadas para estudar cometas de perto e até recolher amostras do seu material. Estas investigações poderão ajudar a compreender melhor a formação dos planetas e a evolução do Sistema Solar.
Os cometas continuam a ser mensageiros do passado, lembrando que o Universo está em constante movimento e que, mesmo nos seus recantos mais gelados, há histórias por descobrir.