Tudo o Que Devemos Saber Sobre Sismos

Também conhecidos como terramotos

Os sismos, também conhecidos como terramotos, são fenómenos naturais resultantes do movimento das placas tectónicas que compõem a crosta terrestre. Quando essas placas se deslocam ou chocam entre si, libertam uma grande quantidade de energia acumulada, que se propaga sob a forma de ondas sísmicas, causando vibrações na superfície da Terra.

Como Ocorrem os Sismos

A crosta terrestre está dividida em várias placas que flutuam sobre o manto, uma camada mais quente e viscosa. Quando essas placas se movem, podem:

  • Chocar (zonas de convergência)

  • Afastar-se (zonas de divergência)

  • Deslizar lateralmente (falhas transformantes)

A energia libertada no ponto onde ocorre a rutura chama-se hipocentro. O ponto diretamente acima, à superfície, é o epicentro, onde o sismo é sentido com maior intensidade.

Escalas de Medição

Os sismos são medidos em duas dimensões principais:

  • Magnitude: mede a energia libertada, geralmente através da escala de Richter ou da escala de momento sísmico (Mw).

  • Intensidade: avalia os efeitos e danos causados, medida pela escala de Mercalli Modificada, que vai de I (imperceptível) a XII (destruição total).

Tipos de Ondas Sísmicas
  1. Ondas P (Primárias): as mais rápidas, viajam através de sólidos e líquidos.

  2. Ondas S (Secundárias): mais lentas, só se propagam em sólidos.

  3. Ondas de Superfície: causam a maior parte dos danos, pois movem o solo horizontal e verticalmente

Consequências dos Sismos

Os efeitos variam conforme a magnitude, profundidade e localização:

  • Destruição de edifícios e infraestruturas

  • Tsunamis, quando o epicentro está no fundo do mar

  • Deslizamentos de terra

  • Interrupções de energia e comunicações

  • Perdas humanas e económicas

Prevenção e Segurança

Embora os sismos não possam ser previstos, é possível reduzir os riscos:

  • Construir edifícios com estruturas antisísmicas

  • Ter planos de evacuação e kits de emergência

  • Saber proteger-se durante o abalo: baixar-se, proteger a cabeça e manter-se afastado de janelas e objetos pesados

  • Participar em simulações de emergência

Curiosidades
  • O maior sismo registado ocorreu no Chile, em 1960, com magnitude 9,5.

  • O Japão e a Indonésia estão entre os países mais preparados e mais afetados do mundo.

  • A maioria dos sismos é tão fraca que só é detetada por instrumentos chamados sismógrafos.

Os sismos são uma força natural inevitável, mas o conhecimento científico e a preparação adequada permitem minimizar os danos e salvar vidas.

Magnitudes e Escala de Richter

A magnitude de um sismo representa a quantidade de energia libertada no momento da rutura das rochas no interior da Terra. Essa energia é medida através de escalas específicas, sendo a mais conhecida a Escala de Richter.

Escala de Richter

Criada em 1935 pelo sismólogo norte-americano Charles F. Richter, esta escala mede a amplitude das ondas sísmicas registadas por um sismógrafo. É uma escala logarítmica, o que significa que cada ponto a mais representa um aumento de dez vezes na amplitude das ondas e cerca de 32 vezes mais energia libertada.

Por exemplo, um sismo de magnitude 6 liberta cerca de 32 vezes mais energia do que um de magnitude 5.

Classificação das Magnitudes
  • Menos de 2,0: Micro-sismos, geralmente impercetíveis.

  • 2,0 – 3,9: Pequenos sismos, raramente causam danos.

  • 4,0 – 4,9: Sismos ligeiros, podem ser sentidos, mas com poucos danos.

  • 5,0 – 5,9: Moderados, podem causar danos em edifícios frágeis.

  • 6,0 – 6,9: Fortes, provocam destruição em áreas próximas do epicentro.

  • 7,0 – 7,9: Grandes, causam danos severos em vastas regiões.

  • 8,0 ou mais: Sismos devastadores, com destruição generalizada.

Escala de Momento Sísmico (Mw)

Atualmente, os cientistas utilizam mais a escala de momento sísmico (Mw), que é uma evolução da de Richter. Ela mede a energia total libertada com maior precisão, especialmente em sismos muito grandes, onde a escala de Richter deixa de ser exata.

Em resumo, a magnitude indica o tamanho físico do sismo, enquanto a Escala de Richter foi o primeiro método eficaz para quantificar essa energia, servindo de base para as medições modernas.